01/01/12

F.P.T.

É uma vergonha o que a Federação está a fazer ao Ténis!

A Federação e a maioria da sua Assembleia-geral!…

Quem é que no seu perfeito juízo aumenta o preço dos serviços numa época de crise extrema? Resposta: A Federação Portuguesa de Ténis e a maioria das Associações Regionais de Ténis.

Num ano em que se acumulam os torneios cancelados por falta de participantes, em virtude das maiores dificuldades financeiras das famílias em suportarem os custos de deslocações, de inscrições, de desgaste de material, de alimentação e ás vezes até de alojamento, qual será a melhor medida? Aumentar as taxas, claro!

Não é possível à maioria dos clubes portugueses suportar os custos crescentes de organização de torneios oficiais, pelo será expectável a diminuição drástica destes no próximo ano de 2012, com o consequente abrandamento da ténue evolução do desporto no nosso país. Por outro lado serão cada vez mais os clubes à beira do colapso financeiro, principalmente aqueles que insistirem em manter a mesma estrutura de custos que têm mantido até ao momento.

Nesta altura em que assistimos às prestações de Rui Machado, de Frederico Gil e de outros tantos, que tantas alegrias nos têm dado, vamos também assistir ao desmoronar de uma ideia de ténis que se pretendia para todos. Mercê das dificuldades financeiras crescentes, este será futuramente um desporto que se voltará novamente para as elites, por falta de vontade e de iniciativa federativa. Serão esses Srs. os carrascos do Ténis.

A gota de água recebi-a sob a forma de correio electrónico e assinada pelo director do departamento de desenvolvimento (não sei de quê, porque do ténis não deve ser certamente), o Sr. Vítor Cabral, esse papa-jantares do ténis português, que mais não faz que viver à conta de quem “cai no conto do vigário”. A mais recente inovação do “venha cá o meu” chama-se pomposamente “projecto de acreditação de clubes” e mais não é que uma “mama colossal”, senão vejamos:

€ 200 anuais só para ter um saco de bolas e poder ostentar o logo do programa. Se existirem 100 incautos são nada mais nada menos que € 20.000 sem mexer uma palha;

Ter todos os atletas federados, mesmo os praticantes, sem vantagem alguma para os atletas, nem para os clubes, porque o tão famoso seguro sai mais barato e com melhores coberturas, quando contratado directamente pelo clube, ao invés dos seguros contratados pela federação e por algumas associações regionais (mais uns quantos a mamar);

O ranking dos clubes “Play and Stay” é um acto profundamente discriminatório, pela exclusão que efectuam aos clubes que não têm capacidade para pagar a taxa;

O preço reduzido do material…veremos…mas de onde vem não esperem nada de muito bom.

Para finalizar, a acção de formação no valor de € 750, por um dia de trabalho é a cereja no topo do bolo, onde esse Sr. Vítor Cabral “chupa” mais uns cobres aos incautos. Será que já passa factura ou continua a fazer como nas divulgações de cardio-ténis, onde cobra € 200 por hora de trabalho, mais os custos de transporte e de alimentação e recusa-se a emitir qualquer factura.

Se deixarmos, esta Federação conseguirá fazer o impossível, servir de comissão liquidatária de três modalidades em território nacional, o ténis, o padel e o ténis de praia.

Enquanto os clubes não se consciencializarem que têm de tomar em mãos os destinos do ténis, a bem do ténis, continuaremos a ter que suportar a uma cambada de “benzocas” presunçosos que nada têm feito em prol do ténis, limitando-se às fotos da praxe e aos beija-mãos que pontualmente vão acontecendo nesse Portugal de conto de fadas onde actuam os nossos dirigentes federativos.

Paulo Marques
in Tenis Um Mundo

3 comentários:

LC disse...

Confesso que nao sou conhecedor do tema deste artigo.. mas independentemente disso, está um pouco violento - auuch :)

FerFilTénis disse...

O "post" foi colocado pelo Paulo Marques no blog Ténis um Mundo em Outubro de 2011, e infelizmente só tive conhecimento muito recentemente.
É um artigo com criticas duras, mas as verdades quando são ditas doem, e a realidade é mesmo esta. A FPT ultimamente só tem sobrecarregado os clubes com taxas e taxinhas e taxonas quando deveriam aliviar os clubes destas taxas para que estes aliciem mais praticantes à modalidade.
Enfim...

Paulo Costa disse...

Boa noite

Este artigo, já antigo como referem, por mais razão que tenha em alguns pontos, peca pela forma indecorosa com age na crítica pessoal. Mais ainda, não tem razão nenhuma quando se refere ao programa dos Clubes Play and Stay. Como este programa é opcional, não obriga ninguém a nada, sendo totalmente despropositado o ataque que faz ao programa, misturando tudo, as taxas com um programa não obrigatório.

Para além de se perder no ataque pessoal que faz demonstra não perceber muito do assunto: diz que ganham dinheiro "sem fazer uma palha" (20000 euros no caso de 100 clubes); primeiro teriam, para além de outras coisas, que distribuir 18000 bolas de ténis o que por si só é uma feito e segundo 20000 euros não é assim tanto dinheiro; fala de um roubo quando é pedido menos do que 17 euros por mês para publicidade e material; e no final, é opcional nunca é demais lembrar; o clube do sr Paulo Marques (e quem lhe quiser dar importância não adere) e está o problema resolvido.
De passagem insulta de burros todos os que aderirem...deve ser o unico iluminado.
Podem ver a lista com os clubes, técnicos e dirigentes que insultou, clubes que aderiram apesar de toda a gente ter lido e comentado a sua cronica (em Outubro):
http://www.tenis.pt/index.php?option=com_content&Itemid=32&task=view&id=289117
Aproveitem e vejam também o artigo em destaque da mudança das regras, para que façam parte da solução e não do problema.

Um bem haja e bom ano para todos.

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